Na tarde do dia 2 de fevereiro, o Movimento Correnteza - Pará realizou uma plenária online para debater o descaso que está ocorrendo com o Hospital Veterinário - HOVET UFRA que conta com a participação de estudantes e docentes da universidade, assim como membros da sociedade civil que utilizam o espaço para tratar de seus animais de estimação.
A UFRA se encontra há mais de 150 dias sem reunião alguma dos conselhos superiores, o que é inadmissível em uma universidade tão grande e complexa. A reitora empossada por Bolsonaro, Herdjânia Lima, é quase um “fantasma”, uma vez que ninguém nunca a viu exercendo suas atribuições. Sempre que é procurada a resposta que é dada é de que ela está de férias.
A falta de comprometimento dessa nova gestão para com a universidade se reflete em vários setores, a exemplo do HOVET, o único hospital veterinário universitário, que atende a população com qualidade e valores mais acessíveis ao praticado pelo mercado, chegou a fechar suas portas no dia 04/01/2022 devido à falta de serviço de limpeza, por questões de irresponsabilidade e ineficiência administrativa. Durante a reunião, diversos integrantes do grupo trouxeram à discussão propostas como a criação de uma comissão para entrar em contato com os representantes discentes para convocar uma assembleia universitária junto aos técnicos e professores, uma vez que diversos discentes constituintes da assembleia anterior já não estão mais ativos na UFRA, seja por terem concluídos seus cursos ou por outros motivos.
Ademais, foi debatido também a necessidade da confecção de uma faixa denunciando o descaso em relação ao serviço básico de limpeza, além da redação de uma carta feita pelo Movimento Correnteza junto aos Centros Acadêmicos em relação a essa problemática de negligência com a segurança sanitária no campus.
Diante das pautas abordadas, nós entendemos que a organização de estudantil é o único caminho que temos para denunciar o sucateamento da universidade, a precarização da educação, bem como encontrar meios de solucionar nossos problemas e fortalecer a voz dos estudantes diante da interventora indicada por Bolsonaro, que a propósito, vale sempre retificar, não foi eleita por voto popular. Apesar de ficar em segundo lugar na eleição, ainda foi empossada. Nossa luta seguirá até que nossos direitos e decisões sejam respeitados e convidamos você a lutar conosco!
Kamille Torres - Militante do Movimento Correnteza e estudante de Medicina Veterinária na UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia)
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