OCUPAR AS RUAS, CONQUISTAR O QUE É NOSSO
Teses do Movimento Correnteza ao 59º CONUNE
“Ocultam a verdade pra vender mentiras Os ricos são os donos do Estado Que ainda são os filhos dos senhores de escravos Que dizimaram os índios” - Don L. Aquele Fé.
O governo fascista de Bolsonaro e seus generais deixou uma grande herança maldita: 14 milhões de desempregados, 33 milhões passando fome e os pobres ainda mais pobres. Na juventude a situação é trágica: 27% das pessoas entre 15 e 29 anos não estudam e nem trabalham (Instituto Veredas).
Como o poder em nosso país está nas mãos da grande burguesia, do capital financeiro e da elite do agronegócio o povo sofre com o aumento dos preços dos alimentos, do aluguel, do transporte e a piora das condições de vida. Enquanto 51 brasileiros bilionários têm fortunas acima de R$ 5 bilhões, milhões de famílias não têm casa para morar e milhares de crianças dormem nas ruas e procuram comida no lixo. A falta de perspectivas é uma realidade e a juventude sente e vê que seu futuro está em risco.
Uma das alternativas apresentadas para o jovem é fazer uma faculdade para tentar ingressar no mercado do trabalho. Porém, somente 18% dos jovens entre 18 e 24 anos estão no ensino superior. Eis a causa: 2,3 milhões de estudantes fizeram o ENEM no ano passado, mas o governo só ofereceu 226 mil vagas pelo SiSU, ou seja, 90% das pessoas que realizaram o exame não conseguiram vaga.
Esses estudantes são, portanto, obrigados a concorrer a uma bolsa nas instituições privadas, pagar altas mensalidades e se endividar com financiamentos estudantis. Como o Brasil tem um dos mais baixos salários do mundo e os jovens só conseguem empregos precários, vivemos na situação de se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Este é o Brasil que querem nos impor.
Os que ingressam na universidade tem imensa dificuldade de concluir o curso, principalmente pela falta de bolsas, restaurante universitário e moradia. Em 2021, 36,6% dos universitários não conseguiram continuar estudando.
Nós, estudantes universitários, precisamos lutar para mudar essa realidade e acabar com essas injustiças. Educação pública, gratuita e de qualidade é um direito fundamental do povo brasileiro. A luta do Movimento Correnteza é para que a Constituição seja respeitada e o nosso direito à educação seja garantido. Exigimos mais investimentos, mais vagas e estrutura decente nas universidades públicas. Chega de usar o dinheiro público para pagar juros aos banqueiros, sucatear a universidade pública e permitir que os donos das universidades particulares realizem abusivos aumentos das mensalidades. Queremos uma UNE que lute por mais bolsas estudantis, restaurantes e moradias universitárias. Queremos mais: emprego e condições dignas de trabalho, moradia, alimentação, transporte, direito à cultura e ao lazer para a juventude e o povo brasileiro.
O 59º Congresso da UNE precisa pôr fim ao imobilismo que hoje impera em nossa entidade nacional. A UNE somos nós, vamos nos unir para construir uma UNE de luta e democrática!
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