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Destruir o sistema capitalista para salvar o planeta

A manutenção do capitalismo coloca em risco a natureza e a vida no planeta.


Os cada vez mais frequentes desastres naturais são resultados diretos da ação predatória dos monopólios e países imperialistas, em sua busca incessante pelo lucro. A expansão do mercado intensifica a exploração da Terra, resultando no aumento da poluição, no desmatamento, na destruição de milhares de espécies e no aquecimento global.


Durante o governo Bolsonaro, diversos órgãos ambientais foram desmontados e os povos originários sofreram um sistemático ataque, com total cumplicidade das Forças Armadas. Biomas como o Pantanal e a Amazônia sofreram com a ação impune de garimpeiros e do agronegócio. Infelizmente, até hoje esse quadro não foi inteiramente revertido. 


Segundo dados da plataforma Monitor do Fogo, do MapBiomasa, em 2024, a área queimada no Brasil cresceu 79%, atingindo uma área maior que todo o território da Itália. Três em cada quatro hectares queimados foram de vegetação nativa, principalmente em formações florestais, que totalizaram 25% da área queimada no país. A Amazônia foi o bioma mais afetado. Os 17,9 milhões de hectares queimados ao longo do ano passado, correspondem a mais da metade (58%) de toda a área queimada no Brasil e é o maior número dos últimos seis anos. 


Esses crimes ambientais e a falta de ação do poder público em todos os níveis impactam milhões de pessoas e tiram vidas, como vimos em Brumadinho e Mariana, nas enchentes no Rio Grande do Sul e nas ondas de calor cada vez mais frequentes. 


Diante desse cenário, torna-se evidente que soluções reformistas, como regulamentações ambientais e incentivos à economia verde, são insuficientes, uma vez que não alteram a estrutura fundamental do modo de produção capitalista. A superação da crise climática exige transformações profundas na organização econômica e social, direcionando a produção para um modelo que não esteja subordinado à lógica do lucro, mas à preservação das condições que garantem a vida no planeta.


Não ao PL da Devastação


Os inimigos da natureza têm forte presença nos governos e no Congresso Nacional. Lá, aprovaram, na calada da noite, o famigerado “PL da Devastação”, que estabelece um novo marco para o licenciamento ambiental no Brasil, autorizando que as empresas concedam a si mesmas a licença para obras e algumas atividades agropecuárias. 


Esse crime contra a natureza também afeta áreas protegidas, excluindo do licenciamento as terras indígenas e quilombolas ainda não regularizadas, além de considerar unidades de conservação apenas em caso de impacto direto. O projeto ainda vai voltar para a Câmara dos Deputados, onde a maioria dos parlamentares não está nem aí para a preservação ambiental, mas apenas para o dinheiro que os ruralistas colocam em suas campanhas. 


Contra o Marco Temporal


Não satisfeitos, a maioria reacionária de deputados e senadores aprovou o Marco Temporal, definindo que só podem ser demarcadas terras ocupadas pelos povos indígenas até 1988. No entanto, diversos povos indígenas foram expulsos de suas terras desde a colonização. Logo esse critério não é justo para o avanço das demarcações. 


Graças à luta dos povos indígenas, o STF declarou o Marco Temporal inconstitucional. Porém, segue a luta para enterrar esse projeto de vez e garantir a demarcação de todas as terras indígenas no país.


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