Pela ampliação da Lei de Cotas
- Movimento Correnteza
- 1 de jul.
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A Lei de Cotas vive sob constante ameaça dos setores que não admitem que os filhos da classe trabalhadora acessem a universidade. No Congresso Nacional, se acumulam projetos de lei de deputados de extrema-direita para acabar com as cotas e retroceder nos direitos de milhares de jovens negros, indígenas e pobres.
A Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, indica que o percentual de negros que estavam nas universidades federais em 2004 era de 16,7%. Dez anos depois, os números saltaram para 71,4%, o que mostra a efetividade das políticas de cotas raciais.
Numa sociedade racista como a brasileira, é preciso mais ações afirmativas de enfrentamento ao racismo e à discriminação, ao mesmo tempo que devemos combater qualquer tentativa de bular os direitos conquistados. Muitas universidades estão atrasadas nesse debate e sequer possuem meios de impedir fraudes nas cotas.
O Correnteza esteve na campanha pela implementação das comissões de heteroidentificação em diversas universidades, como UFRGS, UFRJ e UFABC. A UNE deve seguir o exemplo e construir uma campanha nacional contra as fraudes nas cotas e apresentar uma proposta de modelo de comissão para as universidades, construída com os estudantes e o movimento negro.
As universidades precisam reforçar a luta antirracista na sociedade, ampliando a política de cotas na graduação e na pós-graduação, fortalecendo os programas de inclusão e permanência e conhecendo a história do nosso povo, para que possamos pôr fim a essa sociedade de lógica escravocrata que tem como objetivo manter essa ordem de exploração.
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