Pela redução dos preços dos alimentos! Reforma agrária já!
- Movimento Correnteza
- 1 de jul.
- 2 min de leitura
O impacto da política econômica do governo federal é sentido no dia a dia da maioria do povo.
Hoje, se fosse preciso resumir em uma frase a situação da economia brasileira, esta seria: “está tudo caro”. Nas lojas e supermercados, as prateleiras cheias contrastam com pessoas indignadas com o aumento assustador do custo de vida.
A inflação crescente corrói a renda dos trabalhadores. Em 2024, o aumento nos preços dos alimentos no Brasil foi de 7,69%, superando a inflação geral do país, que foi de 4,83%, segundo o IBGE. Em abril, o preço da cesta básica na cidade de São Paulo chegou a R$ 909,25, um aumento de 3,24% em relação a março. Na comparação com abril de 2024, o valor subiu 10,50% (Dieese). Entre 2012 e 2024, os preços dos alimentos saltaram 162%, enquanto a inflação oficial foi de 109%. Alguns dos alimentos com maior inflação no último ano são as carnes (20,84%), leite (18,83%), frutas (12,12%), frango em pedaços (10,34%) e picanha (8,74%).
Mas por que isso acontece? Por que o Brasil, que é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, tem um custo de vida tão elevado? É assim devido à ganância dos capitalistas e à política econômica de sucessivos governos que nada fazem para pôr fim à especulação.
Além disso, a ação predatória do agronegócio e a não realização da reforma agrária também contribuem para que o preço dos alimentos não para de subir.
Apesar disso, todos os anos uma verdadeira fortuna em verbas públicas é destinada para os monopólios privados via Plano Safra. Somente em 2024, foram mais de R$ 400 bilhões em créditos concedidos pelo governo ao agronegócio, valor muito superior aos R$ 75 bilhões destinados à agricultura familiar. Vale destacar que parte desse dinheiro recebido pelas empresas do agronegócio é utilizado para financiar o Centrão e o fascismo.
Por isso, defendemos o fim do financiamento público dos monopólios privados e a realização de uma profunda reforma agrária, que nacionalize a terra e dê assistência técnica e financeira para todos que desejam trabalhar nela. Defendemos também o fim das dívidas dos pequenos e médios produtores com os bancos, o combate ao uso indiscriminado de agrotóxicos e a elaboração de um plano nacional para a produção de alimentos visando a satisfazer as necessidades da população e reduzir o custo de vida.
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