Por memória, verdade, justiça, reparação e democracia. Ditadura nunca mais!
- Movimento Correnteza

- 1 de jul.
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No dia 1º de abril de 1964, as Forças Armadas, com apoio de ricos empresários e latifundiários, dos grandes meios de comunicação, do imperialismo norte-americano e de setores reacionários da Igreja, impuseram a mais ferrenha ditadura da burguesia sobre os trabalhadores e o povo brasileiro.
Por 21 anos (1964-1985), os militares perseguiram, sequestraram, torturaram, estupraram e assassinaram milhares de pessoas impunemente. Os sindicatos sofreram intervenção e o direito à greve foi cassado. Entidades estudantis foram proibidas. O Congresso Nacional foi fechado e a imprensa amordaçada. Dezenas de jornalistas foram presos e músicas censuradas. Não havia mais liberdade nem democracia no Brasil.
Para manter esse estado de terror, a ditadura militar fascista assassinou aproximadamente 10 mil brasileiros: 434 militantes políticos, mais de 8.350 indígenas, mortos em massacres, remoções forçadas de territórios e por doenças infectocontagiosas, e cerca de 1.200 camponeses, mortos ou desaparecidos por razões ideológicas e em disputas pela terra. Houve ainda 6.591 militares perseguidos, 500 mil pessoas investigadas pelos órgãos de repressão e 10 mil exilados. Entre as vítimas da ditadura, várias foram lideranças estudantis ou dirigentes da UNE, como Honestino Guimarães, Helenira Resende, Emmanuel Bezerra e Marilena Villas Boas.
Rendemos todas as homenagens a esses verdadeiros heróis e heroínas do povo brasileiro. A UNE deve fazer o mesmo, e lutar para que todas as universidades formem comissões da verdade, cancelem os títulos e honrarias concedidos a agentes da ditadura e promovam jornadas anuais por memória, verdade, justiça, reparação e democracia.
É fundamental que a juventude saiba a verdade sobre a ditadura e tenha consciência de que é tarefa sua exigir punição para os golpistas de ontem e de hoje e impedir que um novo golpe fascista aconteça.





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