Nos últimos dias vimos os casos e mortes de Covid-19 aumentarem nas favelas e bairros pobres, com casas precárias e/ou super-habitadas, a falta de hospitais, o transporte precário e as demissões em massa, criam o cenário perfeito para que o vírus se espalhe.
A pandemia não criou essas desigualdades, ela expôs as que existem no dia-a-dia da nossa sociedade e que os governos nada fazem para solucionar. Hoje temos casos de superfaturamentos associados ao Covid-19, falta de testes e informação dos casos e mortes e nenhum plano direto e eficaz para os problemas do povo periférico.
Em SP o Governador Dória não explica como afirma que "seu compromisso é com a vida das pessoas" mas manda despejar famílias de suas casas; enquanto sa PM continua matando o povo pobre; enquanto é conivente com as manobras da USP.
A Reitoria da USP se mostra indiferente com os estudantes pobres, querendo empurrar um EaD e inclusive coagindo estudantes que precisam de bolsas à continuarem as aulas online. A Reitoria prefere pagar centenas de salários acima do teto salarial (de cerca R$20.000) consumindo quase que inteiramente o orçamento da universidade no lugar de investir em permanência, pesquisa, extensão e ensino. O Reitor Vahan com o conforto de seus privilégios continua a fingir que o mundo está na normalidade e que nada de diferente acontece, podemos cobrar o que quiser dos estudantes.
No governo federal Bolsonaro atua com o único objetivo de prejudicar a vida dos pobres e aumentar o lucro dos ricos. O Ministro Weintraub chacota com os estudantes diariamente e lançou propagandas sádicas contra os alunos pobres, afirmando que nós não queremos que se realize o ENEM enquanto o desejo dos estudantes é totalmente o oposto: realizar um ENEM de qualidade, com preparo e estudos. Diversas manifestações digitais e até uma presencial em frente ao MEC no dia 15 pedem o adiamento do ENEM para após a reposição das aulas!
Os estudantes devem se somar com força à luta contra o EaD compulsório e pelo adiamento do ENEM. Devemos lutar para que se implante medidas adequadas ao cenário em que vivemos: permanência, acesso e vida!
Redação pelo Movimento Correnteza da USP
Commenti