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Construir um movimento estudantil com independência para lutar: pelo fim do imobilismo, da violência e das fraudes no Congresso da UNE

Nos dias 16 a 20 de Julho, milhares de estudantes se reuniram em Goiânia, na Universidade Federal de Goiás (UFG), no 60º Congresso da União Nacional de Estudantes (UNE). O maior fórum de deliberação da UNE é também o maior espaço do movimento estudantil na América Latina.

Esse foi um congresso extraordinário para todo o movimento estudantil brasileiro, pois na madrugada do dia 16 de julho, ocorreu um grave acidente com o ônibus que transportava a delegação do Movimento Correnteza da Universidade Federal do Pará (UFPA) e resultou na morte de três jovens militantes: Welfesom Campos Alves, Leandro Souza Dias e Ana Letícia Araújo Cordeiro. Três estudantes cheios de sonhos e uma vida inteira de lutas pela frente, que defendiam com firmeza uma universidade pública, gratuita e de qualidade para toda a juventude. 

O ato político de abertura foi adiado e transformado em um momento coletivo de memória. Também foi homenageada a companheira Sarah Domingues, dirigente da UJR e ex-diretora da UNE, assassinada em janeiro de 2024 no Rio Grande do Sul enquanto produzia seu Trabalho de Conclusão de Curso na periferia de Porto Alegre.

A solidariedade do conjunto do movimento estudantil se expressou nas palavras de ordem e, em especial, no operativo montado para acolher vítimas e familiares do acidente, evidenciando que os princípios de companheirismo e cooperação afirmam de qual lado da história se localizam os movimentos sociais e a esquerda. Agradecemos aos companheiros das organizações estudantis por todos os esforços empenhados em nos ajudar a superar essa tragédia. 

Mesmo atravessados por tamanha dor, especialmente após a chegada da delegação do Movimento Correnteza do Pará, que foi recebida com abraços, palavras de ordem e cantos que relembraram a Cabanagem e a tradição de resistência do povo paraense, a perda se transformou em combustível para continuar e o 60º Congresso da UNE se reafirmou como espaço de resistência e de homenagem, reiterando o compromisso histórico do movimento estudantil de luta pela transformação da sociedade brasileira.

Welfesom! Ana Letícia! Leandro! Sarah Domingues! Presentes! Hoje e Sempre!

Nota de balanço do Movimento Correnteza acerca do 60º Congresso da UNE e os próximos passos do movimento estudantil no Brasil

Dois caminhos no movimento estudantil: independência para lutar ou entreguismo que imobiliza

Sem dúvidas, o debate político de ideias e as divergências se expressaram nos espaços do Congresso da mesma forma que foi construído em todo o processo de eleição de delegados. Se acentuou neste 60º Congresso da UNE a existência de dois caminhos no movimento estudantil brasileiro. 

Por um lado, aqueles que estão completamente comprometidos com o Governo Federal, independente se as propostas ajudam ou prejudicam a educação e o povo. O que importa é defender o governo acima de qualquer coisa, mesmo quando esse se rende aos interesses do capital e do agronegócio. Ou seja, cumprem o papel de freio nas lutas sociais. Estes chegam mesmo a justificar seu silêncio pelo compromisso com a “unidade contra o fascismo”, mas a prática comprova que sua política, na verdade, fortalece a extrema-direita. 

Por outro, aqueles que escolheram ficar do lado do povo e dos estudantes, fazendo da luta social a principal forma de enfrentar o avanço do fascismo e do imperialismo no Brasil e no mundo, entendendo que a UNE precisa ser independente para cumprir seu papel de ser uma ferramenta de mobilização dos estudantes.

O ensino superior no Brasil alcançou a marca de mais de 9 milhões de matrículas, uma multidão de estudantes indignados com o endividamento, a falta de vagas na rede pública, precariedade das condições de ensino e ausência de políticas de assistência estudantil. O orçamento das universidades federais é menor do que há dez anos atrás. As suplementações vem a conta gotas e não há verba suficiente para garantir a expansão de programas essenciais para a permanência estudantil, investimentos em pesquisa e extensão, reforma ou construção de novas salas de aula, laboratórios, bandejões e residências estudantis.  

Diante dessa realidade, espera-se da UNE, entidade representante dos estudantes brasileiros que carrega em seu DNA uma história de lutas, uma postura firme de enfrentamento aos ataques contra os nossos direitos, que vanguardeie a luta contra os grandes capitalistas que lucram com a educação. Entretanto, o que prevalece na entidade é a política imobilista dos setores que possuem a maioria na diretoria. 

Embora o governo Lula tenha sido eleito prometendo colocar os pobres no orçamento, sua política econômica não rompeu com a cartilha neoliberal dos governos passados, com teto de gastos (arcabouço fiscal), isenção de impostos para os ricos, taxas de juros elevadas, tudo para assegurar o superávit primário e pagar os juros e amortizações da dívida pública.  

As universidades, que resistiram bravamente aos ataques do governo fascista de Bolsonaro, são tratadas a pão e água, administrando um orçamento apertado. Mesmo com a recomposição de R$ 400 milhões esse ano, o déficit continua em torno de R$ 2,1 bilhões. 

O Movimento Correnteza defende que essa situação só mudará com o fim do ajuste fiscal, firme combate aos privilégios dos ricos, suspensão e auditoria da dívida pública, reversão de todas as reformas anti-povo feitas pelos governos Temer e Bolsonaro. É preciso adotar uma política econômica que priorize a vida da maioria do povo brasileiro. Para sair dessa crise é preciso luta, mobilização e unidade com o povo e não com os banqueiros e empresários. Um governo para ser verdadeiramente comprometido em acabar com a fome e o desemprego precisa enfrentar os interesses econômicos dos bilionários. 

Na contramão, a direção imobilista da UNE se cala diante dos problemas que existem no Brasil, defendem o caminho que parece mais fácil, mas nos leva para a lama: não pode brigar com os ricos e o Centrão para não prejudicar o governo. Acreditam numa “governabilidade” que tem como base a aliança com os representantes desses bilionários no Congresso Nacional, parasitas de direita, herdeiros da ditadura militar. 

Defendem ainda que as ideias do Correnteza são muito radicais, sonhadoras e eles é que verdadeiramente têm os pés no chão. Dizem aos quatro ventos que qualquer crítica que se faça aos erros do governo é “jogar água no moinho do fascismo”, ser “sectário” ou “corrente de transmissão do imperialismo”. Falar essas bobagens é típico de quem está acomodado, de barriga cheia e não tem coragem de sair do imobilismo e honrar a história de luta do movimento estudantil. 

Pois bem, a vida comprova que não poderiam estar mais equivocados: o que tem fortalecido a extrema-direita é justamente a incapacidade do governo de apresentar medidas que transformem realmente a vida do povo, liberte nosso país da submissão ao capital financeiro e enfrente os interesses econômicos da grande burguesia. 

Perguntamos: não é “jogar água no moinho do fascismo” a entrega de ministérios estratégicos e se render ao mesmo Centrão que deu um golpe no governo de Dilma, até ontem era base do Bolsonaro e apoiou a tentativa de golpe de 8 de Janeiro? Na verdade, a “unidade” defendida pelos partidos que hoje dirigem com mão de ferro a UNE é construída com o PL de Eduardo Bolsonaro, o PR de Tarcísio, o MDB de Temer e o PP de Arthur Lira para eleger Hugo Motta e Davi Alcolumbre presidentes da Câmara e do Senado. É como diz o ditado, “diga-me com quem andas…”

Dia após dia, as lutas sociais nos mostram que estamos no caminho certo. Veja só, bastou Lula entoar discursos mais firmes contra o imperialismo estadunidense que seu apoio subiu nas pesquisas eleitorais; bastou os moradores da Favela do Moinho (SP) não abaixarem a cabeça para o fascista Tarcísio de Freitas, que outros milhares de trabalhadores se fortaleceram na luta contra os despejos Brasil afora. Para nossa sorte, “a verdade é combativa e há de triunfar”.

  1. Correnteza cresce e leva maior delegação da sua história

Apesar de todas as adversidades, o Movimento Correnteza finalizou o 60º Congresso da UNE com um balanço muito positivo de todo o processo. Desde as eleições dos delegados, passando pela construção das bancadas nos estados até a participação da nossa militância em Goiânia. O resultado foi um crescimento de cerca de 40% da delegação no Congresso, fruto também de uma maior nacionalização do nosso trabalho, chegando a novos estados como o Paraná, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso do Sul. O Correnteza disputou e venceu centenas de eleições ao redor do Brasil, além de ter expandido a atuação para novas Universidades e interiorizando cada vez mais nossa organização. Da mesma forma, a oposição venceu a maioria das eleições de universidades públicas em que disputou.

O Movimento Correnteza se consolida como uma das principais organizações políticas do movimento estudantil brasileiro e assume a tarefa de construir uma forte oposição ao imobilismo na UNE. Junto disso, aumenta a nossa responsabilidade em impulsionar a luta dos estudantes contra o avanço do fascismo, a política econômica de teto de gastos, pela soberania do Brasil e para resgatar o papel de baluarte da resistência popular que tem a União Nacional dos Estudantes.

  1. A atual direção da UNE não consegue criar espaços democráticos: os estudantes querem falar!

A forma como o congresso é organizado está ultrapassada, é protocolar e não permite a efetiva participação dos delegados. Como já é de praxe, durante o Congresso os estudantes pouco puderam falar. Isso não é por acaso, uma vez que a metodologia do evento não privilegiaria o amplo debate de ideias, as pessoas não podem conhecer os pensamentos divergentes. 


Além disso, a falta de organização com o atraso e cancelamento de parte da programação, atraso na alimentação e problemas no transporte deixam as pessoas cansadas e desanimadas. 


Infelizmente esse tipo de prática frustra os milhares de estudantes que viajaram por horas ou até mesmo dias com vontade de debater os rumos do movimentos estudantil brasileiro e são impedidos de apresentar suas opiniões e dar sua contribuição para as pautas da entidade.


Não foram poucos os exemplos de estudantes que, ao serem abordados por nossa equipe de agitação e propaganda, relataram não ter ideia do que se tratava o Congresso ou porque estavam ali. Alguns estudantes de fato relataram desânimo pelo atraso das mesas e por não poderem fazer o uso da palavra. 

  1. “Nova maioria” ou fantasia para justificar a capitulação e o oportunismo?

Na plenária final se consolidou o ingresso da Juventude Sem Medo (JSM) no campo do imobilismo. Apesar de não ser uma novidade, essa movimentação representa um retrocesso para o movimento estudantil na medida em que, o que antes era um campo que se apresentava como uma alternativa e fazia críticas à condução da entidade, agora revela pra quem quiser ver qual a sua verdadeira face. Muito parecido com a política burguesa de “toma lá, dá cá”, esse setor abriu mão dos seus princípios e do seu programa para ser melhor acomodado no governo e na UNE, corroborando com a paralisia que tomou conta da UNE. 


A chamada "nova maioria" não passa de uma fantasia alimentada pelo oportunismo, daqueles que são incapazes de fomentar uma construção plural e democrática que realmente dê respostas à altura das demandas dos estudantes brasileiros, nada mais é do que uma agitação para justificar para sua própria base a capitulação diante do governismo a todo custo. Uma “nova maioria” alicerçada na unidade construída através de fraudes e longe das bases não é capaz de mobilizar os estudantes e levar a UNE de volta para os caminhos da luta. 


A unidade que avança a organização da juventude e dos estudantes brasileiros, que pode mudar a situação das universidades e enfrentar o avanço do fascismo no país só pode ser construída através das lutas populares, da defesa intransigente dos direitos do povo, sem dar nenhum passo atrás nos nossos princípios.


  1. Não há democracia nas eleições de delegados nas Universidades

Mais uma vez o Congresso da UNE foi marcado por fraudes e pela perseguição às chapas da oposição nas Universidades. Os estudantes de grandes universidades privadas (como UNINOVE, UNIP, FMU e Estácio) foram proibidos de inscrever chapas para eleger delegados, não puderam escolher qual projeto gostariam de ter à frente da UNE e de conhecer as propostas da oposição ao redor de todo o país. 

Nós do Movimento Correnteza fazemos uma reflexão de que essa prática de perseguir e impugnar as chapas, incentivada e permitida pelo regimento eleitoral e o aparelhamento da CNECO, apesar de prejudicar principalmente as chapas da Oposição, também fragilizam o movimento estudantil e a própria UNE. Isso porque qualquer estudante acharia um absurdo que a eleição do seu Centro Acadêmico fosse como são as eleições da UNE.

  1. Fraudes foram identificadas e estudantes foram coagidos no debate de ideias

Da mesma forma fraudulenta e antidemocrática se desenrolou o Congresso. Durante as panfletagens organizadas pelo Movimento Correnteza para apresentar aos delegados as nossas Teses, encontramos pessoas que não estão matriculadas em universidades, mas portavam crachás de delegado e que votaram na plenária final. 

As equipes de vendas do Jornal A Verdade e propagandistas da nossas Teses foram coagidas e intimidadas pelos coordenadores de bancada de organizações do campo imobilista. Alguns estudantes que estavam apresentando nossas ideias para os delegados do Congresso foram agredidos verbal e fisicamente e tiveram seus panfletos e jornais rasgados. Prática muito semelhante a dos fascistas que volta e meia encontramos nos trens e metrôs durante as brigadas do Jornal A Verdade. Mas como nem os fascistas nos intimidam, nossas equipes conquistaram centenas de contatos, venderam mais de 2 mil jornais e 500 livros das edições Manoel Lisboa.  

Para além disso, muitos “erros” nas listagens oficiais de delegados e até mesmo divergências entre as listagens de saídas dos estados e as que chegaram no congresso. Impossibilidade de verificação dos RGs e crachás dos delegados tanto na retirada quanto na votação. Isso explica o desespero para fazer a votação sem voto secreto e com tanta violência.  

  1. Plenária Final: autocríticas sobre violência e fraudes ficaram apenas nas palavras

A Plenária Final também foi marcada pelo autoritarismo, a violência e coerção. 

A UJS está acostumada a mandar na UNE e todo mundo obedecer. É o preço que se paga para ter um espacinho nos acordos do campo imobilista. Mas a Oposição se recusou a abaixar a cabeça. Por esse motivo, na tarde de sábado, para que as delegações do imobilismo tivessem um espaço de maior visibilidade na arquibancada, a UJS determinou um espaço no ginásio que não acomodava a quantidade de pessoas que compunham as bancadas das organizações da Oposição. 

Como a organização do Congresso não aceitou ver o tamanho do problema que estava diante de seus olhos e manteve-se irredutível, decidimos que não participaríamos da Plenária Final dessa forma, já que não dava para entrar naquele pequeno espaço e não iríamos nos dividir. Foi só depois de horas em que os trabalhos da Plenária Final ficaram paralisados, que finalmente as organizações reconheceram seu erro e concordaram em ajustar os tamanhos das bancadas do ginásio.

Nós do Movimento Correnteza estamos debatendo com as organizações do movimento estudantil que não se pode aceitar mais a violência que ocorre no momento da votação da Plenária Final. E apesar de concordarem em palavras e até mesmo se comprometerem com a mudança, o que vimos neste congresso foi a continuidade dessas práticas.

De fato, o voto não é secreto e, muitas vezes, quem assinala a cédula pelo delegado é o coordenador de bancada. Mas dessa vez, vimos uma inovação: nas urnas da Juventude sem Medo, os estudantes estavam sendo obrigados a assinarem seu nome na cédula! Mal entraram para o campo do governismo e já estão reproduzindo e até piorando suas práticas.

Outra novidade é a flexibilização do regimento em que aceita foto do RG para credenciar e votar. Como era esperado, a falsificação rolou solta, até aplicativos digitais foram utilizados para modificar nome e foto dos estudantes.

E finalmente, o uso de violência contra os fiscais da Oposição para impedi-los de verificar a documentação dos delegados na hora da votação, como as cenas em que uma mesária desfere dezenas de socos contra Bia Martins, diretora da UBES e presidente da UESM, estudante secundarista que cumpria a função de fiscal. 

  1. Cresce o movimento estudantil combativo

A verdade é que todas essas práticas têm o objetivo de assegurar uma maioria artificial no Congresso e quem perde com isso é o movimento estudantil brasileiro, isso mancha a autoridade da UNE e sua história, portanto. 

Isso tem que acabar. Nesse sentido, chamamos os Centros Acadêmicos e DCEs de todo país a debaterem suas contribuições para que a reforma estatutária da UNE que será debatida no Conselho Nacional de Entidades de Base aconteça no sentido de fortalecer a democracia em nossa entidade. 

Agradecemos a todos os estudantes que construíram essa vitoriosa campanha para o 60º Congresso da UNE conosco. A chapa de Oposição, formada por PCBR, Juntos, PCB, PSTU, JCA, CST, Ecoar, Coletivo Movimento A Rua é Nóis, Alicerce e Ocupe, fez 1147 votos no total, sendo cerca de 700 votos no Movimento Correnteza. Mantivemo-nos firmes em nossos princípios e, apesar de todas as adversidades relatadas aqui, nossa chapa elegeu 14 diretores, sendo 3 deles na Executiva da entidade. Contamos com vocês para trilhar um caminho de lutas em cada sala de aula, nos quatro cantos do Brasil. 

Por fim, chamamos todos os setores que reflitam sobre a construção da entidade e das lutas também. Divergências políticas continuarão acontecendo, mas o fortalecimento do movimento estudantil é para aqueles que têm compromisso com a UNE e com o povo brasileiro. Não nos autoproclamamos como os únicos capazes de ocupar espaços de direção no movimento estudantil. As críticas que pontuamos são feitas com a assinatura do nosso movimento e não em páginas apócrifas e duvidosas nas redes sociais, que se assemelham às práticas bolsonaristas de espalhar fake news sem mostrar a cara.  

É necessária outra postura diante das necessidade do país e da educação! Vejamos os atos do dia 1 de agosto e a semana de luta dos estudantes, em que pese a unidade dos diversos setores nessa construção não houve uma adesão massiva aos calendários. É preciso fazer um debate sério sobre a inserção da UNE nas universidades, o fortalecimento das entidades de base e a participação ativa dos estudantes. Sem ações que só servem para tirar uma foto e colocar nas redes digitais para comprovar que está lutando. 

Sonhamos com uma sociedade diferente, que permita que todos possam estudar, se alimentar, morar com dignidade e ter empregos. O movimento estudantil é fundamental para acelerar esse processo com a sua luta. Desejamos uma boa gestão a toda a diretoria recém empossada e que a luta estudantil avance nos próximos anos. 

Faz escuro mas eu canto,

porque a manhã vai chegar.

Vem ver comigo, companheiro,

a cor do mundo mudar.

Vale a pena não dormir para esperar

a cor do mundo mudar.

(Thiago de Mello)

QUEM VEM COM TUDO NÃO CANSA!

Executiva Nacional do Movimento Correnteza

25 de agosto de 2025

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